Bitcoin – Bolha ou Oportunidade?

Os fundamentos, os riscos e como começar com segurança no UK.

7/12/20256 min read

Você com certeza já ouviu falar dele, né? Mas muito provavelmente ainda não entende direito do que se trata.
E vou te confessar: tecnicamente, realmente não é fácil de entender. Tem muito mais a ver com computação, criptografia e redes descentralizadas do que com economia tradicional.

Mas o fato é o seguinte:

O Bitcoin, que lá atrás era visto como promessa, ameaça ou até motivo de piada no meio financeiro tradicional, hoje é uma realidade consolidada. Tanto governos quanto grandes empresas e gestoras de investimento pararam de ignorar — e começaram a investir nessa tal moedinha mágica da internet.

Mas afinal, o que é o Bitcoin?

O Bitcoin é uma moeda digital, descentralizada e com oferta limitada.

Calma, vou explicar parte por parte — do jeito mais simples possível.

1. Moeda Digital

Libra, euro, dólar... são moedas fiduciárias emitidas por governos e controladas por bancos centrais.
Mesmo quando usamos cartões, transferências ou apps, ainda estamos operando dentro do sistema financeiro tradicional, com bancos, intermediários e registros centralizados.

Já o Bitcoin nunca existiu fisicamente. Ele é 100% digital — um código criptografado armazenado numa rede descentralizada chamada blockchain. Essa rede funciona como um livro-caixa público e imutável, onde todas as transações são registradas de forma permanente.

Mas atenção: não confunda com simplesmente “usar o cartão no lugar de dinheiro em papel”. Você pode usar a libra de forma digital, mas ela continua sendo gerenciada por bancos e governos.


O Bitcoin é diferente porque o próprio sistema que garante sua existência e segurança é independente — sem intermediários centrais.

2. Descentralizado

Esse é o conceito que muda tudo.

No dinheiro tradicional, tudo é centralizado: O Banco Central define quanto dinheiro será criado, como ele circula, e pode, inclusive, congelar ou bloquear contas.

Exemplo prático:

Imagina que você tem £10.000 guardados. Se você vive num país autoritário e critica o governo, sua conta pode ser congelada em segundos. Isso já aconteceu em países como Venezuela, Turquia, Rússia, Argentina… E até no Canadá, durante os protestos dos caminhoneiros em 2022.

O Bitcoin é o oposto disso.


Ele é descentralizado: não pertence a nenhum governo, banco ou empresa. A rede funciona de forma colaborativa, validada por milhares de computadores espalhados pelo mundo.

Se você tem uma carteira digital (como se fosse uma conta, mas sem banco), pode transferir Bitcoin pra qualquer pessoa, a qualquer momento, sem autorização de ninguém.

Imagine o seguinte:


A carteira X envia 1 Bitcoin para a carteira Y.


A rede inteira verifica e registra essa transação. Mas ninguém sabe quem é o dono da X nem da Y. Tudo é público e transparente, mas ao mesmo tempo anônimo e protegido.

Isso significa que:

  • ninguém pode impedir você de transferir ou receber

  • ninguém pode congelar sua carteira

  • a rede não depende de uma única entidade e não pode ser desligada

Num mundo cada vez mais monitorado, isso representa uma forma real de liberdade financeira.

3. Oferta Limitada

Aqui é onde o jogo realmente muda.

As moedas tradicionais podem ser criadas sem limite — o famoso “imprimir dinheiro”. Quando governos gastam mais do que arrecadam, eles emitem mais moeda — o que dilui o valor do dinheiro em circulação.

Exemplo:


Você trabalhou, economizou £10.000. Aí o governo injeta mais £10.000 na economia “do nada”. Agora tem mais dinheiro circulando, mas os mesmos bens disponíveis — o que faz os preços subirem.


Essa é a raiz da inflação: perda de poder de compra causada pela expansão da base monetária.

Com o Bitcoin, isso não acontece.


A oferta total é fixa: 21 milhões de unidades. Ponto final. É como se fosse um ouro digital: escasso, difícil de conseguir (precisa ser “minerado” com energia e computadores potentes) e impossível de ser criado artificialmente.

Isso significa que:

  • ninguém pode inflacionar a moeda

  • as regras da rede não podem ser alteradas por um governo

  • à medida que mais pessoas quiserem Bitcoin, o preço tende a subir

E foi exatamente isso que aconteceu nas últimas décadas.

Mas e os riscos?

Claro que existem. E você precisa conhecê-los.

1. Uso indevido e anonimato

Por ser anônimo e sem intermediários, o Bitcoin já foi (e ainda é) usado para fins ilegais. Mas é importante dizer: a maioria das transações hoje são legítimas — e, proporcionalmente, o uso ilícito em dinheiro tradicional ainda é maior.

2. Risco tecnológico

A tecnologia atual é extremamente segura, baseada em criptografia avançada. Mas no futuro, a computação quântica pode representar um risco.

Se um computador superpotente quebrar os códigos atuais, isso pode comprometer a rede — embora já existam estudos para proteger o Bitcoin desse cenário.

3. Volatilidade extrema

O Bitcoin ainda é muito volátil.


Subidas e quedas de 20%, 30%, até 50% podem acontecer em poucos dias ou semanas.

Exemplo real recente:

  • Janeiro de 2024: £85.000

  • Abril: caiu pra cerca de £60.000

  • Julho: voltou pra perto de £85.000

E em ciclos maiores:

  • 2021: chegou a £45.000

  • 2022: caiu pra £13.000

  • 2024: só voltou a passar £45.000 quase 3 anos depois

Minha estratégia com Bitcoin

Eu acredito no Bitcoin como proteção contra inflação e contra controle estatal excessivo. Mas também reconheço que o Bitcoin pode dar errado.

O que pode dar errado?
  • Falhas tecnológicas graves: avanço da computação quântica sem adaptação da rede, ou bugs críticos no código.

  • Regulação hostil: proibição de corretoras, confisco de carteiras, restrição à mineração em países-chave.

  • Perda de relevância: surgimento de uma tecnologia melhor e mais eficiente.

  • Erro humano: golpes, perda de senha, envio errado, negligência com segurança.

  • Pressão ambiental ou social: críticas ao consumo energético que limitem seu uso ou adoção.

Por isso, mantenho entre 5% e 10% da minha carteira em BTC. Se tudo der errado, perco no máximo 10%. Se der certo, essa pequena parte pode crescer muito — e aí realoco os ganhos com mais segurança.

E onde guardar o Bitcoin?

Essa é uma das decisões mais importantes depois de comprar.

Por que não deixar tudo na corretora?

Corretoras são práticas, mas também são alvos constantes de ataques. Além disso, você não tem a chave privada — ou seja, tecnicamente, o Bitcoin ainda não está sob seu controle.

A regra de ouro é:

“Not your keys, not your coins.”
(Se você não tem as chaves, o Bitcoin não é realmente seu.)

Tipos de carteira
🔥 Hot Wallets (conectadas à internet)
  • Exemplos: Trust Wallet, Muun, BlueWallet

  • Vantagens: fácil de usar, ideal para começar com pouco

  • Riscos: mais vulnerável a ataques se o dispositivo for comprometido

❄️ Cold Wallets (offline, maior segurança)
  • Exemplos: Ledger, Trezor

  • Vantagens: segurança máxima, ideal pra quem vai guardar por anos

  • Riscos: se perder o dispositivo + frase-semente (seed phrase), o acesso é irreversível

Quando vale tirar da corretora?

Se você tem:

  • Mais de £1.000–£2.000 em BTC

  • Intenção de manter por vários anos

  • Preocupação com segurança ou privacidade

Então sim: vale migrar para uma carteira própria.

Boas práticas de segurança
  • Use 2FA (autenticação em dois fatores) nas corretoras

  • Nunca salve sua seed phrase em arquivos digitais ou nuvem

  • Faça backup físico em local seguro

  • Não compartilhe sua carteira pública com frequência

Como comprar Bitcoin no Reino Unido

Hoje, você pode usar:

  • Coinbase UK, Kraken, Binance(corretoras completas e regulamentadas)

  • Revolut (simples, mas você não tem chave privada e paga taxas maiores)

Passo a passo:
  1. Crie sua conta e verifique sua identidade (KYC)

  2. Responda ao questionário da FCA — obrigatório no UK

  3. Deposite libras via bank transfer (FPS)

  4. Compre a quantia desejada de BTC

  5. (Opcional) Transfira para sua carteira pessoal

Conclusão

Eu acredito que todo mundo deveria ter pelo menos um pouco de Bitcoin.

Não por hype. Não pra ficar rico do dia pra noite. Mas porque ele representa algo que nunca existiu antes:

Um ativo digital escasso, sem controle estatal, resistente à censura, acessível globalmente e com um potencial enorme de valorização no longo prazo.

Sim, com riscos. Mas ignorar completamente, pra mim… É um risco ainda maior.

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Se você leu até aqui, provavelmente entende que investir em Bitcoin não é brincadeira — mas também não precisa ser um bicho de sete cabeças.

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✅ Entender o que é o Bitcoin, sem enrolação técnica
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